Como comentei no post anterior, começamos a reforma
de nossa casinha e nunca pensei que iria dar tanto trabalho. Na verdade sabia
que seria difícil, mas não imaginava que seria tão difícil.
Nosso primeiro grande trauma foi sair da casa, tudo
bem que estávamos indo para a casa da minha mãe (ir para a casa da nossa
própria mamãe é sempre melhor, por mais que você goste de sua sogra... hehehe),
mas empacotar tudo e sair de casa foi muito doloroso.
Demorei uma semana para empacotar três anos de
casamento em mais ou menos 35 caixas de diversos tamanhos. Perceber que toda a
sua vida pode caber em um quartinho de 3 x 3 é meio chocante. Depois passamos
mais uma semana embalando os móveis maiores que ficaram na obra e retirando
tomadas, estas pequenas coisas dão um trabalho gigantesco.
Mas o pior é ver sua
casa tão querida vazia e você se espremendo na casa de parentes, por mais que
sejamos muito queridos pelos nossos pais, é impossível não perder a privacidade
em uma situação destas, e mais difícil ainda se readequar a rotina de outra casa,
mas com o tempo tudo vai se ajeitando, até você finalmente enlouquecer...
hehehe.
Quando o pedreiro realmente começou parecia que
tinham detonado explosivos na casa, em dois dias ele quebrou tudo o que
tínhamos combinado, e aí começaram os problemas de se reformar. A estrutura da
parede não iria aguentar janelas e portas em vidro temperado do tamanho que
queríamos, então... “bora” alterar o projeto e cotar tudo novamente. Por sorte
encontrei fornecedores bons e bem esclarecidos que conseguiram adequar nosso
projeto com a situação estrutural da casa.
Vale salientar que não contratei
engenheiro civil, arquiteto ou empreiteiro, o projeto foi elaborado por meu
marido (que é engenheiro mecatrônico) e eu (que como tecnóloga ambiental tenho
noção de projetos estruturais de construção civil), mas acredito que este tipo
de problema iria aparecer em minha obra mesmo que tivesse contratado um destes
profissionais, pois como é uma reforma, não tem como ter certeza de como tudo
foi construído e é na hora em que se começa a mexer que a situação se revela.
Depois vieram os problemas com os materiais, por
pura falta de pesquisa, acabamos comprando um batente muito ruim, então tivemos
que correr e trocar tudo por Batente Angelin, de melhor qualidade. Então fica a
dica, sempre que puder pergunte sobre que tipo de material é melhor comprar,
lógico que tem pessoas que vão dar palpites horríveis, mas é só ter bom senso em
selecionar as informações, que isso pode ajudar muito.
Na fase de acabamento faltaram duas míseras caixas
de revestimento para o banheiro, até agora não entendemos como erramos no
cálculo, mas como não adianta chorar, corremos mais uma vez para comprar o que
faltava. Desta vez tivemos que nos preparar psicologicamente para o caos, pois
seria impossível encontrar o revestimento na mesma tonalidade do que já estava
instalado na casa, uma vez que seria de um lote diferente e de uma queima
diferente. Por sorte, conseguimos colocar este material em uma parede onde a
diferença do tom não ficaria muito evidente, na verdade deu até um charme.
A obra está basicamente finalizada, além da pintura,
ficou faltando entregar e instalar as pias e os vidros temperados, portanto
apesar do pedreiro ter entregado a obra, ainda não podemos voltar para a casa...
isso é muito frustrante (tão perto... tão longe).
Mas todos os acontecimentos, cada surpresa, cada transtorno, cada discussão, tudo isso vale muito a pena,
quando você vê sua casa tomando forma novamente, ficando cada vez mais com a
sua cara.
Quando você percebe que aquele detalhe pesquisado na internet, que ficou
namorando por meses está sendo instalado na sua casa, este momento vale toda a
angustia que você passou, vale cada centavo de seu surrado orçamento.
Este momento é a realização de um sonho e isso não
tem preço.
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